Mais um acusado de agredir o estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, e
o morador de rua João Araújo Teles, 47, na Ilha do Governador, Zona
Norte do Rio, foi preso ontem. Felipe Melo dos Santos, o Geminha, 19,
ligou para a polícia e marcou um encontro com os agentes para se
entregar. Ele já havia se apresentado na 37ª DP (Ilha) na segunda-feira,
mas acabou liberado após prestar depoimento, já que a Justiça ainda não
havia decretado sua prisão - o que só ocorreu ontem.
Agora, dos cinco acusados pela agressão, apenas Edson Luiz Júnior, o
Flin, 18, ainda está foragido. Ele já teve a prisão temporária
decretada. Amigo que estava com Vítor na noite da agressão, Kleber
Carlos Silva de Souza disse ontem que havia um sexto integrante no
bando. Daniel Lopes de Menezes, de 21 anos, estava com os agressores na
hora do crime, mas não teria participado do espancamento. Embora não
tenha tenha tentado impedir a ação, ele não será indiciado. "Ele
confirmou que estava na hora, mas não participou. Não podemos indiciar
todos os que assistiram e não fizeram nada para impedir", disse o
delegado Deoclécio Assis Filho.
Kleber comemorou a prisão de Geminha: "Eu prometi ao Vitor que veria
todos na prisão e graças a Deus estou vendo. Não guardo raiva, mas
espero que ao sair da prisão eles possam para fazer algo de mais
produtivo".
‘Quero ver televisão', diz Vítor
Vítor deve receber alta hoje do Hospital Santa Maria Madalena, na
Ilha. O jovem ainda pode ter os movimentos do olho direito
comprometidos, devido à gravidade das lesões. Segundo o cirurgião
Silvério Moraes, é preciso esperar cerca de dois meses para uma análise
mais precisa e detalhada.
"Estou melhorando, mas tem todo esse processo ainda para eu me
acostumar com a cirurgia. Mas, em vista de tudo, estou ótimo. Quero
voltar a fazer as coisas que eu fazia, poder comer o que eu comia, sair,
ver televisão", disse Vítor em entrevista ao telejornal RJTV, da Rede
Globo.
Fonte: Jornal Meia Hora