A revelação foi feita esta quarta-feira pelo diretor
do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH/Sida
(PNVIH), António Diniz, na Comissão Parlamentar de Saúde.
Segundo
o responsável, com esta medida, um terço do programa de troca de
seringas (o que era feito nas farmácias) fica integralmente assegurado
pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os
restantes dois terços continuam a cargo de organizações governamentais e
não governamentais, e pelos postos móveis (que asseguram atualmente 64%
das trocas).
"O programa 'diga não a
uma seringa em segunda mão' fica, assim, ancorado no SNS e a ele podem
juntar-se todos os interessados em participar no programa", afirmou.
As
unidades locais de saúde pública ficam responsáveis pela orientação
deste programa nos cuidados de saúde primários, porque a elas "compete a
participação em programas de saúde prioritários", explicou.
Segundo
o responsável, o programa vai também ser aplicado nos centros de
resposta integrada, na dependência das Administrações Regionais de Saúde
(ARS) e serão reforçadas as parcerias em algumas zonas mais
problemáticas, como é o caso do distrito de Setúbal.
Quem
fica encarregado de gerir a aquisição e distribuição das seringas serão
os serviços partilhados do Ministério da Saúde, mais concretamente a
responsável pelo programa, Carla Caldeira.
Segundo
António Diniz, a proposta foi já apresentada ao Serviço de Intervenção
nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que "a
subscreveu".
O diretor do PNVIH
adiantou ainda que o programa de troca de seringas vai ser alargado às
autarquias e às juntas de freguesia, que já começaram a ser contactadas e
mostraram interesse.
Segundo o responsável, o orçamento disponível para este ano para o programa da troca de seringas é de 1,6 milhões de euros.
Fonte: Correio da Manhã
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